Diferentemente da garantia que o senador José Maranhão deu à imprensa após a reunião com as principais lideranças partidárias na semana passada, de que apenas o deputado André Amaral poderia estar de saída do MDB, o deputado Nabor Wanderley (MDB) declarou categoricamente que seu futuro na legenda depende de como serão feitas as articulações para as eleições deste ano. Isso porque nem ele, nem seu filho, o deputado federal Hugo Motta, não querem reviver o drama interno, que ocorreu em 2014, onde o MDB saiu isolado, o que gerou um ‘vale tudo’ na chapa proporcional.
Nabor afirmou que a conversa durante a reunião foi produtiva, mas que José Maranhão recebeu cobranças de maioria dos presentes, num tom de quase ultimato. “Nós cobramos e a preocupação não é só minha, mas de todos que vão disputar a eleição esse ano, principalmente as bancadas estadual e federal, que é chapa proporcional, com relação à coligação partidária. Nós tivemos, na última eleição, quando o MDB saiu sozinho, uma disputa fraticida dentro do próprio partido, com os colegas tentando de qualquer forma conseguir os votos para poder se eleger e a gente não quer passar pela mesma situação”, explicou.
O que se quer, de acordo com o deputado, é que o MDB estadual não apenas concentre forças para viabilizar a pré-candidatura de José Maranhão, mas que também viabilize o processo para os candidatos a deputado estadual e federal pelo partido.
“O que nós queremos, e queremos isso do senador José Maranhão, é a viabilidade de coligações para que possamos disputar no mesmo patamar com as outras coligações, para que não saiamos isolados e isso dificulte a reeleição de diversos candidatos nossos dentro de um quoficiente eleitoral altíssimo. Esse foi um dos pontos principais da nossa discussão e nós aguardamos para ver o que vai acontecer nesse mês de março para que se possa tomar uma decisão. Não descarto a possibilidade de ter que migrar para outro partido se o MDB não nos der a garantia de coligação partidária viável”, declarou.
Ele ainda garantiu que Hugo Motta deverá seguir o mesmo caminho. “A tendência é seguirmos juntos. Nós não fazemos política estando em partidos diferentes. A decisão que for tomada vai ser ouvindo os nossos companheiros de partido, ouvindo a nossa base aliada, ouvindo as pessoas que sempre nos acompanharam e a decisão vai ser tomada junto. A gente vai tentar junto ao partido tentar resolver essa situação. Caso contrário, a gente vai procurar outros que querem ampliar as suas bancadas e com base nisso a gente vai sentar e discutir”, disse.
Por: Edilane Ferreira
Blog do gordinho