O secretário Geraldo Medeiros informou que a Secretaria de Estado da Saúde suspendeu o envio de doses contra Covid-19 para Lucena, após crianças serem vacinadas com imunizantes de adultos, e que há um estudo para a SES-PB assumir a vacinação no município “enquanto houver fragilidade” na imunização local. O problema teria ocorrido desde dezembro de 2021 e já se tornou alvo de ação do Ministério Público Federal e do Ministério Público da Paraíba.
Em entrevista ao Arapuan Verdade, nesta segunda-feira (17), Geraldo Medeiros disse que “primeiro é preciso esclarecer à opinião pública de que isso aconteceu antes da chegada de doses pediátricas. Então não há nenhuma relação entre confundir doses pediátricas com doses de adultos. Foi uma atitude deliberada da vigilância municipal ou da técnica de Enfermagem. Se houve dolo ou foi um erro eventual, o Ministério Público Federal, juntamente com o Ministério Público estadual, está apurando. Estão na fase de oitivas. Ontem foi ouvida a técnica de Enfermagem e, durante a semana, serão ouvidas as demais partes que têm responsabilidade sobre a vacinação.”
“A primeira atitude da Secretaria Estadual de Saúde foi não enviar mais vacinas pediátricas para o Município de Lucena e estamos estudando a possibilidade, enquanto houver essa fragilidade na vacinação naquele município, a Secretaria Estadual de Saúde possa executar o processo de vacinação na população para evitar qualquer tipo de prejuízo nas pessoas que residem em Lucena”, informou Geraldo Medeiros ao Arapuan Verdade, conforme apurou o ClickPB.
A Secretaria de Saúde da Paraíba está em levantamento para identificar o real número de vacinados de forma errada. “É uma atitude infeliz em que foram direcionadas para crianças vacinas vencidas de adultos. Estamos realizando, hoje (17) de manhã, com a nossa equipe da Vigilância Estadual em Lucena, o levantamento do quantitativo de crianças que foram vacinadas indevidamente. A informação inicial é de que seriam aproximadamente 60 crianças. No entanto, ainda não temos números definitivos. E, a partir daí, essas informações serão repassadas para o Ministério Público Federal e o estadual, que realizarão todas essas oitivas e a conclusão e medidas cabíveis que serão adotadas.”
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Ainda segundo o secretário, “a Secretaria Estadual de Saúde, é bom ser dito, tem a função de receber as vacinas, separá-las e distribuí-las, além da capacitação e do treinamento que foi efetuado. Em relação às doses pediátricas, foram realizados quatro videoconferências de treinamento. O próprio laboratório Pfizer diariamente realizava videoconferências de treinamento e capacitação de todas as Vigilâncias Municipais. Então não há motivo para dúvidas ou para erros.”
Por Lucas Isídio