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‘Sexting’: envio de mensagens com conteúdo sexual cresce entre os adolescentes

m estudo divulgado essa semana pela revista científica Journal of the American Medical Association Pediatrics mostrou que a troca de mensagens com conteúdo sexual vem crescendo entre os jovens nos últimos anos.

A análise, feita com 39 pesquisas de diferentes países e mais de 110 mil participantes entre 12 e 17 anos, revelou que 14,8% deles já enviaram fotos, vídeos e/ou mensagens sexualmente explícitas e 27,4% receberam. Em 2009, quando um dos primeiros estudos sobre o assunto foi publicado, os resultados indicavam que 4% já tinham enviado e 15% recebido imagens contendo nudez.

Segundo Sheri Madigan, PhD em psicologia e autora da pesquisa, entender o comportamento dos jovens no que diz respeito ao ‘sexting’ é importante para promover campanhas educacionais e políticas públicas de proteção aos adolescentes. “Esses estudos contribuem para uma compreensão mais ampla dos fatores que motivam os jovens a praticar o ‘sexting’ e seus resultados podem promover intervenções educacionais”.

Entre os fatores que contribuem para o aumento do número de adolescente enviando e recebendo conteúdo sexual a cada ano está a popularidade e a aparente privacidade dos aplicativos de conversa. “Com os smartphones tornando-se quase onipresentes nos últimos anos, nossa descoberta de que a ocorrência de ‘sexting’ juvenil é maior em estudos mais recentes não foi surpreendente”, diz Sheri.

Um dado preocupante mostrado no estudo é o alto número de jovens que já receberam ou enviaram mensagens sexuais sem consentimento. Entre os adolescentes pesquisados, 12% dizem já ter enviado conteúdo sexual sem pedir permissão ao destinatário e 8,4% tiveram mensagens ou imagens pessoais encaminhadas para outras pessoas sem autorização. “Uma área importante desse estudo no futuro é a identificação de variáveis associadas ao ‘sexting’ não consensual, bem como a avaliação da eficácia das campanhas educativas e políticas legais que visam acabar com o ‘sexting’ não consensual na juventude”, afirma a pesquisadora.

Fonte: G1